quarta-feira, 29 de setembro de 2010

"O castelo nos pirineus"

domingo, 26 de setembro de 2010

Ela ri. Chora quando dói. Chora quando não dói. Acha o mundo ridículo e feliz. É menina que quer viver para sempre com o príncipe num castelo lá no alto da torre, num mundo cor-de-rosa, permeado de estradas floridas, borboletas e pássaros. É mulher. É filha. É irmã. E nesse posto é séria, paga contas e traça metas. Ela é feita de sonhos adiados e esperanças dilaceradas. Já viveu doces e amargos anos que deixaram dentro dela cicatrizes profundas, feridas abertas e lágrimas contidas. Já gritou de alegria. E de dor. Já quis fugir, morrer e já quis que o mundo parasse naquele momento em que tudo era arco-íris. Já levitou por entre nuvens. Já chafurdou na lama. E de lá, enxergou um fio de luz e se agarrou nele com tanta força que conseguiu, a muito custo, se desvencilhar do lodo. E se transformou novamente numa menina cor-de rosa. É absurdamente alegre e estranhamente triste. Dramática, insatisfeita,mimada, carente. Escreve escondido, faz manha, toma sorvete no pote, adora dadinho porque a faz lembrar do pai. Ama fotografia e rosas vermelhas pelo mesmo motivo. Canta desafinado alegres canções da infância. Ama Chico Buarque. E Vinícius. E Pessoa. E Clarice. E.. E.. Sente poesia por todos os poros. Sente poesia em tudo o que vê. Acha lindo a luz do sol que entra pela janela, o canto dos passarinhos ao nascer do dia. Acha lindo borboleta colorida voando em cima da flor. Adora gesto de carinho, mas morre de vergonha de receber elogio. Adora meias, canetas e luzinhas coloridas (o sonho dela era poder pintar de alegria todo o branco e preto do mundo). Adora água. E frio. Adora observar as pessoas e tentar ver nelas o bem (tem um lado Pollyana que insiste em sobreviver, apesar de tudo). Já enganou. Já foi enganada. É dramática, intensa, transitória, forte e frágil, na mesma (e incrível) proporção. Ela quer demais, exige demais, principalmente de si mesma, e por isso, muitas vezes, se frustra. Fala o que pensa, não faz jogo social e por isso mesmo, tem poucos, mas verdadeiros amigos. Ela é companhia, mas também é solidão, tranquilidade e inconstância, pedra e coração. Ela é feita de dúvida e certeza, esperança e medo, desejo e apatia, trabalho e indolência. Gosta de gente que sonha, que ri e que sente, mas que sente verdadeiramente, que se emociona com coisas simples : uma canção suave, um bom filme, um bom livro, uma palavra de carinho.Gosta das entrelinhas, das reticências, mas detesta ponto final. Ultimamente tem trabalhado muito e amado muito, muito e muito. Pensando bem, ela é só uma menina feita de lua, com fome de sol, e que voltou a ver estrelas...

domingo, 19 de setembro de 2010

Você pensa que eu sou bonita sem maquiagem
Você acha que eu sou engraçada, quando eu contar a piada errada
Eu sei que você me para que eu deixe minhas paredes vêm descendo, descendo
Antes que você me conheceu eu estava bem, mas
As coisas estavam um bocado pesado, você me trouxe à vida
Agora, a cada fevereiro vai ser meu valentine, valentine
Ela é mais que um sorriso tímido de canto de boca, dos que você sabe que ela soube o que você quis dizer. Ela fala com o coração e sabe que o amor, não é qualquer um que consegue ter. Ela é a sensibilidade de alguém que não entende o que veio fazer nessa vida, mas vive."(Caio F. Abreu)

sábado, 18 de setembro de 2010

'É esquisito, mas sempre orientei minha vida nesse sentido — o de não ter laços, o da independência, de poder cair fora na hora que quisesse.'
Não, meu bem, não adianta bancar o distante: lá vem o amor nos dilacerar de novo
"Lembro dos sorrisos, das conversas, dos divãs, dor hormônios, de tudo…
e me dá uma saudade irracional de você. Uma vontade de chegar perto,
de só chegar perto, te olhar sem dizer nada, talvez recitar livros,
quem sabe só olhar estrelas… dizer que te considero!"
Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar de remar também.”
.Caio Fernando Abreu.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

"Os dragões não conhecem o paraíso, onde tudo acontece perfeito e nada dói nem cintila ou ofega, numa eterna monotonia de pacífica falsidade. Seu paraíso é o conflito, nunca a harmonia."